PF faz busca e apreensão em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado Otoni de Paula
O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) e o cantor Sérgio Reis são alvos, nesta sexta-feira (20), de mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Ao todo, 13 mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes e atendem a um pedido da subprocuradora Lindora Araújo, da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Agentes da Polícia Federal (PF) foram a 29 endereços no Distrito Federal (1), além dos estados de Santa Catarina (6), São Paulo (2), Rio de Janeiro (1), Mato Grosso (1), Ceará (1) e Paraná (1).
“O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes”, afirmou a PF, em nota.
A GloboNews apurou que há indícios de ameaças a ministros do STF, a senadores e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Após o vazamento de um áudio em que Sérgio Reis defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado a afastar ministros do STF, subprocuradores-gerais pediram à Procuradoria da República, no Distrito Federal, a abertura de investigação a respeito do caso.
Em entrevista ao jornal “O Globo”, o artista disse se arrepender de ter mandado o áudio para um amigo.
Deputado entrou com ação contra corregedor do TSE
Na quarta-feira, Otoni entrou com uma ação na Procuradoria-Geral da República contra o corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luis Felipe Salomão, que determinou o bloqueio de repasses a canais bolsonaristas que disseminavam informações falsas sobre as eleições. O deputado chamou a decisão do ministro de “ações antidemocráticas” e pediu, no documento, a volta da monetização dos sites, jornalistas e blogueiros afetados pelo bloqueio.
Otoni pediu ainda a “imediata ação para cancelar definitivamente os inquéritos e as investigações seletivas em nosso país”. O parlamentar recorre na Justiça de uma condenação por danos morais ao ministro Alexandre de Moraes. Segundo a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, Otoni publicou material ofensivo em várias redes sociais, se referindo ao ministro como “lixo”, “esgoto”, “cabeça de ovo”, entre outros xingamentos.
Na ação apresentada por Otoni na quarta-feira, o deputado cita o posicionamento de Moraes em defesa da liberdade de expressão.
*Com informações O Globo