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Brasil dispara no quadro de medalhas do Parapan de Santiago

Com uma média de aproximadamente três medalhas por hora nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, a delegação brasileira se consolidou na primeira colocação do quadro de medalhas neste domingo, 19. 

O país conquistou 30 medalhas durante o dia: 11 de ouro, sete de prata e oito de bronze, totalizando 76 (33 ouros, 21 pratas e 22 bronzes). Agora, os Estados Unidos aparecem no segundo lugar geral, com 11 medalhas de cada cor – 33 no total –, seguidos pela Argentina, que chegou a 29 (nove de ouro, oito de prata e 12 de bronze).

O Parapan de Santiago começou oficialmente na sexta-feira, 17, na cerimônia de abertura. Com exceção ao tênis de mesa, que tem jogos desde quinta-feira, 16, as disputas foram iniciadas no sábado, 18.

Para esta edição, a delegação brasileira conta com 324 atletas, 190 homens e 134 mulheres, oriundos de 23 estados e do DF, em 17 modalidades. Desses competidores,  51 têm até 23 anos, 108 são cadeirantes, 132 são estreantes no evento continental, 72 treinam nos Centros de Referência do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e 11 disputaram o Parapan de Jovens, em Bogotá, Colômbia, no último mês de junho. 

A natação foi o carro-chefe da delegação brasileira no número de medalhas neste domingo – 15 das 30 foram conquistadas no Centro Aquático do Estádio Nacional de Santiago. Foram oito medalhas de ouro, duas de prata e cinco de bronze.

Depois de três dobradinhas no período da manhã, a delegação brasileira buscou mais nove medalhas à tarde. O paulista Samuel de Oliveira conquistou o ouro nos 50m costas, da classe S5 (limitação físico-motora), e estabeleceu o novo recorde parapan-americano (34s96) — a antiga marca (35s36) era de Daniel Dias. De quebra, ele ainda teve a companhia no pódio do primo – o também paulista Tiago de Oliveira, que ficou com o bronze na mesma prova.

“Eu me dedico muito para conseguir bater essas marcas. Mais uma medalha de ouro para o Brasil, mais um recorde parapan-americano. Estou muito feliz”, disse Samuel, que teve os dois braços amputados após sofrer uma descarga elétrica quando tinha 13 anos.

Quem também conquistou a medalha de ouro e bateu o recorde parapan-americano foi o paulista Gabriel Bandeira, nos 100m costas, da classe S14 (deficiência intelectual). Ele fez o tempo de 58s79, superando a marca estabelecida em 2012, que era de 1min02s36.

“Estou muito satisfeito. Principalmente depois de ontem, que minha prova não encaixou. Desta vez, eu consegui acertar. Ficou perto do recorde das Américas, que é meu. Foi um bom tempo para o final do ano, que é cheio de competições. Estou feliz. Agora, a expectativa é buscar o ouro nas três provas que faltam”, declarou Gabriel Bandeira, dono de seis recordes das Américas.

A mineira Ana Karolina Soares conquistou a medalha de ouro nos 100m costas, da classe S14 (deficiência intelectual), com o tempo de 1min09s96. A paranaense Beatriz Carneiro terminou na sexta posição.

“Meu coração está quase parando, de tanta felicidade. São muitos anos trabalhando isso. É dedicação. Minhas adversárias estão bem fortes. E isso me impulsiona, me torna melhor”, analisou Ana Karolina.

Também teve dobradinha nos 200m medley, da classe S9 (limitação físico-motora), com o paulista Lucas Mozela, que completou a prova em 2min23s74, conquistou a medalha de ouro e bateu o recorde parapan-americano — que pertencia ao norte-americano David Gelfand (2min28s92) –, e o também paulista Victor dos Santos, que levou o bronze, com o tempo de 2min27s93.

O catarinense Talisson Glock, nos 100m livre, da classe S6 (limitação físico-motora), — com o tempo de 1min05s66 — e a equipe brasileira mista do revezamento 4x50m livre (20 pontos) — formada pelas mineiras Laila Abate e Patrícia Pereira e pelos paulistas Samuel de Oliveira e Tiago de Oliveira — também conquistaram medalhas de ouro, enquanto a potiguar Cecília de Araújo ficou com a prata nos 100m costas, da classe S8 (limitação físico-motora), com o tempo de 1min24s07.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro

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